MPF relembra os 30 anos da morte do procurador Pedro Jorge de Melo e Silva
Membros, servidores e estagiários do Ministério Público Federal na Paraíba (MPF) lembraram na manhã de hoje, 2, os 30 anos da morte do procurador da República Pedro Jorge de Melo e Silva. Ele foi assassinado em 3 de março de 1982, em Olinda (PE), enquanto investigava uma das maiores fraudes financeiras em Pernambuco, conhecida como "Escândalo da Mandioca".
A homenagem foi conduzida pelo delegado da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), procurador Rodolfo Alves Silva, que destacou a importância de lembrar a data, embora decorridos tantos anos, "em razão da necessidade de reconhecimento daquele que teve sua vida ceifada prematuramente por atuar com destemor no exercício de suas funções. Ainda mais, traz à tona assunto de primeira ordem para a instituição, no caso, a necessidade de desenvolvimento e implementação de uma política de segurança institucional que venha garantir a integridade física de todos aqueles que, em razão do trabalho desempenhado, enfrentam situações adversas".
Para o procurador-chefe do MPF na Paraíba, Victor Carvalho Veggi, a luta e o rigor com o qual o procurador Pedro Jorge de Melo e Silva conduzia as investigações é um exemplo para todos os membros do Ministério Público. "Ele é um símbolo que sempre deve ser lembrado em nosso constante combate contra a corrupção que assola o Brasil. O exemplo deixado por ele está impresso em cada colega, razão pela qual prestamos essa justa homenagem".
Repercussão nacional - O caso investigado pelo procurador Pedro Jorge de Melo e Silva, aconteceu no município de Floresta, em Pernambuco, entre 1979 e 1981, e ficou conhecido em todo o país como o "Escândalo da Mandioca". O esquema fraudulento desviou dos cofres públicos 1,5 bilhão de cruzeiros (cerca de 20 milhões de reais) através de realização de empréstimos para o plantio da mandioca.
Mais de cem pessoas estavam envolvidas na fraude, entre elas o ex-deputado Vital Novaes e o ex-major José Ferreira dos Anjos, o gerente e alguns servidores da agência do Banco do Brasil naquele município, funcionários de cartórios, um técnico da Emater, agricultores, fazendeiros e políticos.
Durante a homenagem, feita nas unidades do MPF na Paraíba, foi exibido vídeo com reportagem sobre o assassinato e em seguida todos os participantes fizeram um minuto de silêncio em memória do procurador Pedro Jorge de Melo e Silva.
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