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domingo, 19 de fevereiro de 2012

Neurocientista ensina técnicas para turbinar o cérebro

Evitar o álcool, dormir bem e ler muito é fundamental. Veja também dicas do campeão americano de memória para guardar muitas informações na cabeça.

Nós vivemos rodeados de telas que nos lembram números, datas, endereços. Até a bateria acabar. E aí temos que voltar para a memória que trazemos de fábrica. Está no nosso cérebro. E essa não pode falhar. 

O neurocientista Ivan Izquierdo dá três dicas para começar no lucro. 

Dica 1 – Se você quer ter uma boa memória, não beba, ou beba pouco 

“Qualquer droga de abuso inibe. O álcool é a pior de todas”, alerta o neurocientista. 

Dica 2 – Durma bem 

“O cansaço prévio, o ânimo depressivo diminuem a capacidade de recordar ou de fazer memória. O sono diminui a memória”, diz Ivan Izquierdo. 

Dica 3 – Leia, leia muito, leia de tudo 

“Os profissionais que mais leem são atores e professores. E já foi visto que são as pessoas que conservam, até o final da vida, a sua memória”, ressalta o neurocientista. 

Agora você está pronto para aprender técnicas para transformar seu cérebro em um supercérebro. Joshua Foer, campeão americano de memória, publicou um livro ensinando como guardar muitas informações na cabeça. 

A primeira técnica é para lembrar nomes e rostos. Já aconteceu de você reencontrar uma pessoa e não lembrar de jeito nenhum o nome dela? Se a pessoa se chamar Marília Costa, pense nela andando de costas em uma cidade do interior de São Paulo. Quando você vir aquele rosto, vai lembrar que é a Marília Costa. 

A segunda técnica que Foer ensina é para lembrar números. Crie uma tabela que ligue cada algarismo de 0 a 9 a uma pessoa que você conheça bem. O que você vai fazer para decorar números é agrupar as pessoas de duas em duas. 

Mudaram a sua senha no banco para 2508? Você nunca vai esquecer quem são os personagens da nova senha. 

E a terceira técnica é a do palácio da memória, que você viu no Fantástico. 



Técnica inventada cinco séculos antes de Cristo ajuda a melhorar a memória

Método chamado “Palácio da Memória” consiste em associar uma cena absurda a um ambiente muito familiar.


Existem técnicas para ajudar pessoas que esquecem nomes. Uma delas fez de um americano muito distraído um campeão de memória. Ela serve para decorar qualquer coisa, até uma lista inteira de compras no supermercado. 

Até pouco tempo atrás, Joshua Foer não confiava muito na memória. "Eu esqueço as coisas o tempo todo", conta. Até o dia em que descobriu uma técnica de memorização que foi inventada na Grécia, no século V antes de Cristo, e viu que o truque poderia mudar tudo. "Você pode treinar sua memória para fazer coisas extraordinárias", afirma. Ele se tornou campeão americano de memória e escreveu um livro contando o segredo. 

Prepare-se para transformar seu cérebro em um supercérebro. Imagine se alguém pede a você para lembrar uma lista como essa: 

- Sorvete de milho diet 
- 1 pula-pula 
- 6 garrafas de manteiga de garrafa 
- Mandar um e-mail pra Melissa 
- 1 chapéu panamá branco 
- 7 carretéis de linha roxa 
- 4 casais de periquitos cinza 
- 7 camisas de futebol 
- 1 remédio para dor de cabeça (em gotas) 

Com a técnica, você não vai esquecer – nunca mais! – nenhum desses itens. Este é o primeiro método de memorização de que se tem notícia e se chama "Palácio da Memória". 

Para explicar melhor, o Fantástico "construiu" uma casa virtual. Imagine que você entrou na sala da sua casa. No local, você vai colocar o primeiro item da lista, que é sorvete de milho diet. Para ele ficar bem gravado na sua memória, você precisa imaginar o sorvete de milho em uma situação muito estranha, que você nunca imaginou na vida e que também nunca vai esquecer. Por exemplo: pense em uma daquelas piscinas de plástico, cheia de um creme gelado, amarelo, com cheiro de milho-verde. Para isso se fixar ainda mais na sua memória, imagine a Angelina Jolie nadando nessa piscina. Ela é magra – e isso você associa ao fato de o sorvete ser diet. Essa é a técnica: uma cena absurda em um ambiente muito familiar. E assim vai. 

Na mesa da sala, você coloca o Michel Teló em um pula-pula ao som de “Ai se eu te pego”. Difícil esquecer essa cena, né? 

No sofá da sala, pense nas seis garrafas de manteiga de garrafa em tamanho humano, sentadas no sofá, conversando. Pode até imaginar elas meio metidas, porque se acham melhores que a manteiga normal. 

Mandar um e-mail para Melissa? É fácil lembrar da Mel, se você imaginar o Mel Gibson mandando uma carta gigante pelo ralo da pia da cozinha. 

Um chapéu panamá branco? Pense nele na bancada da cozinha. Para lembrar que ele é branco, imagine cheio de arroz. 

Para os sete carretéis, pense neles amarrados à lâmpada da cozinha, subindo e descendo com sua linha roxa. Para reforçar que são sete, imagine um gato voador brincando com elas. Um gato tem sete vidas. 

Periquitos cinza brincando no vaso sanitário do seu banheiro. 

Para lembrar as sete camisas de futebol, uma partida em cima da sua cama entre mulheres de calcinha e homens de cueca. 

E para lembrar o remédio para dor de cabeça, imagine um grande cérebro vermelho saindo do seu armário. Uma gota cai nele, e ele fica azul. 

Quanto mais você pratica mais fácil fica para você imaginar cenas inesperadas. E mais objetos você é capaz de memorizar. 

Tem gente que já memorizou livros inteiros. E é muito mais simples do que pode parecer. O Fantástico aplicou a técnica em um supermercado. 

A comerciária Cirila imaginou seu próprio Palácio da Memória, lembrando a casa onde mora. 

“Entrei na minha cozinha e dei de cara com uma piscina de margarina”, diz. 

Refazendo mentalmente a história que criou, ela foi se lembrando de todos os itens. Depois da mortadela veio a água sanitária para lavar o banheiro. 

“Vou mergulhar em uma cama cheia de queijo ralado”, descreveu. 

Para se lembrar da batata-palha, Cirila conta que imaginou que, ao abrir o guarda-roupa, caiu um monte de batata-palha em cima dela. 

“Tem uma historinha”, diz Cirila, que afirma não ser difícil de montar. 

A imagem do sorvete trazia o creme caindo todo em cima de Cirila e sujando a comerciária. Ela se lembrou de todos os itens. Assim funciona o Palácio da Memória. “Eu decorei justamente porque teve todo aquele ritualzinho”, diz ela. 

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