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terça-feira, 30 de agosto de 2011


Previsão de efeito pedagógico
Veículo: Folha de Pernambuco
Caderno/Coluna: Política
Data: 28.08.2011 
 
O coro para o movimento de combate à corrupção foi engrossado pelo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Pernambuco (OAB-PE), Henrique Mariano. Segundo ele, a entidade vai fazer um cronograma de atuação e vamos agregar várias outras entidades sem bandeiras partidárias para levar às ruas o movimento que pretende moralizar os governos. “Esse é um movimento que vai reverberar em toda a sociedade brasileira”, afirmou o advogado.

Henrique Mariano destacou que “só se combate corruptores punindo-os”. “Estamos com uma série de investigações em ministérios, e esse movimento visa fortalecer essas instituições que estão à frente das investigações. Isso causará um efeito pedagógico e irá reverberar em todos os níveis governamentais”, declarou.

Esta semana, a OAB lançou o Observatório da Corrupção, que foi apresentado como uma “arma da sociedade para combater a corrupção no País”. A ideia é que, através do site (observatório.oab.org.br), o Observatório receba denúncias e cobranças que serão triadas pela Comissão Especial de Combate à Corrupção e à Impunidade da entidade. Depois, membros da Comissão farão visitas ao juiz, Ministério Público ou delegado para verificar a posição do processo e cobrar providências.
Caso as informações não sejam obtidas, a OAB, no prazo de 30 dias, procurará as autoridades superiores para que possam determinar que haja o enfrentamento da questão. Em dezembro do ano passado, a OAB-PE lançou a Comissão Especial de Prevenção e Combate à Corrupção, com o objetivo de ser mais um elo entre a sociedade e as instituições responsáveis pelo combate a práticas ilícitas.

Coordenador estadual da campanha “O que você tem a ver com a corrupção?”, o promotor de Justiça Maviael de Souza Silva destaca que cada indivíduo tem supra importância neste embate. Para ele, antes de tudo, nas eleições é preciso que cada eleitor escolha políticos com um passado ético, que busquem o bem comum em vez de benefício pessoal. Para ele, a mobilização contra corrupção é difícil, pois, culturalmente, o corrupto é visto como um “esperto”, que tira vantagem com tudo. “A figura do corrupto precisa ser vista como algo nocivo pela sociedade. A partir daí, a sociedade vai dar um passo importante neste embate”, afirmou.

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