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sexta-feira, 27 de abril de 2012


Compare taxas do financiamento imobiliário após mudanças
A Caixa Econômica Federal anunciou ontem a redução dos juros para compra da casa própria, incluindo operações com recursos da caderneta de poupança e do FGTS.

O governo quer comandar uma rodada de corte no custo dos financiamentos imobiliários, após usar os bancos oficiais para forçar uma redução dos juros cobrados nas principais linhas de crédito para pessoas físicas e empresas no país.

As novas taxas da Caixa valerão somente para novos financiamentos, que serão contratados a partir de 4 de maio, início do próximo feirão de imóveis promovido pelo banco em 13 cidades.

Os mutuários que adquirem um imóvel avaliado em até R$ 500 mil e financiado pelo SFH (Sistema Financeiro da Habitação) terão taxas reduzidas de 10% para 9% ao ano. Aqueles que tiverem conta-corrente, cheque especial e cartão de crédito do banco poderão ter acesso a juros de 8,4%. Clientes que também optarem por transferir o salário para Caixa poderão ter juros de até 7,9%.

Imóveis com valores superiores a R$ 500 mil terão taxas de financiamento reduzidas de 11% ao ano para 10% ao ano, podendo chegar a 9% ao ano de acordo com os produtos e serviços da Caixa que os clientes usarem.

A única linha do FGTS incluída no pacote de redução foi a destinada a famílias que ganham mais de R$ 3.100 e que atualmente tem custo máximo de 8,4% ao ano. O valor cairá até 7,4% ao ano.

Em todos os casos, é preciso acrescentar a variação da Taxa Referencial (TR).

Após o corte da Caixa, outras instituições, como o Santander e o HSBC, indicaram que podem seguir o movimento. O Bradesco disse que está observando as tendências do mercado. O Banco do Brasil afirmou avaliar permanentemente as taxas e o cenário. O Itaú não comentou.

Veja as taxas da Caixa


  Editoria de arte/Folhapress  Veja as taxas de outros bancos
  Editoria de Arte/Folhapress  
Fonte: Folha Online - 26/04/2012


Vaga grátis para idosos avança no Rio

Projeto que tramita na Câmara segue para Comissão de Constituição e Justiça 

Rio -  A garantia de estacionar de graça em vagas públicas da Cidade do Rio está mais próxima. O Projeto de Lei (PL) 329, que cria um cartão para maiores de 65 anos com benefício de estacionamento sem pagar nos espaços públicos, seguiu para a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Municipal do Rio.

A segunda e última votação está marcada para a próxima quinta-feira, em sessão extraordinária. O objetivo do vereador Carlos Eduardo (PSB), autor do PL, é fazer a proposta ser analisada como destaque.


Idosos não deveriam penar para achar vagas em estacionamento | Foto: Uanderson Fernandes / Agência O DiaIdosos não deveriam penar para achar vagas em estacionamento | Foto: Uanderson Fernandes / Agência O Dia 

“Estamos empenhados em dar prioridade ao projeto dentro da listagem de PLs. Temos que garantir a possibilidade do idoso estacionar com mais facilidade quando precisa acessar órgão público ou de saúde”, diz.

Enquanto o PL tramita no legislativo municipal, a luta dos maiores de 65 anos em fazer valer o direto previsto no Estatuto do Idoso — que prevê a obrigatoriedade de reserva de 5% das vagas públicas para eles — continua. Nas últimas semanas, o ‘Vovô Secreto’ de O DIA circulou pela cidade de carro tentando achar vaga, mas não havia a concessão do benefício de reserva.

Apesar de regulamentado pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), não há sinalização nas ruas que têm vagas de estacionamento. Uma placa informativa ou desenho no chão com a palavra “Idoso” devem indicar o espaço reservado.
Fonte: O Dia Online - 26/04/2012


Médica indenizará família de morto por ter negado atendimento em emergência

A 6ª Câmara de Direito Civil do TJ confirmou obrigação da médica Clarissa Santos da Silveira Lima e do Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen, consistente em indenizar a família de Hans Dieter Wallot no valor de R$ 50 mil, por danos morais.

Ele morreu em janeiro de 2005, vítima de infarto, na ambulância a caminho de outro hospital, após ter o atendimento de emergência negado por Clarissa, por não haver UTI disponível. A mulher e a filha de Hans, Heidi e Victoria Walloth, afirmaram que a médica agiu de forma negligente, sem prestar os atendimentos iniciais para garantir a vida do paciente antes da remoção.

O hospital afirmou não ser responsável por ato ilícito cometido pela profissional, enquanto a médica questionou os valores fixados. Ela defendeu não ser possível a acumulação de pensão previdenciária e indenização fixadas no processo, para evitar o enriquecimento ilícito da família.

A sentença foi reformada apenas nesse ponto, com a determinação de que o valor seja adequado em liquidação de sentença. O relator, desembargador Ronei Danielli, observou que a responsabilidade solidária da instituição deve ser mantida, pela subordinação administrativa de Clarissa ao hospital. Assim, como houve prova nos autos e em processo disciplinar aberto pelo Conselho Regional de Medicina (CRM) de negligência por parte de Clarissa, o magistrado apontou haver o direito da família a indenização, devida tanto pela médica como pelo hospital.

"Resta evidente que Clarissa Santos da Silveira Lima tinha ciência da gravidade do estado da vítima, e mesmo assim negou-se a prestar os primeiros atendimentos, que poderiam ser feitos ainda na maca da emergência do hospital, mesmo ausentes leitos na UTI, argumento utilizado como justificativa pela apelante. A médica, inclusive, ordenou aos enfermeiros e funcionários que socorriam a vítima na emergência que suspendessem o atendimento prestado, deixando o familiar das autoras completamente desassistido", afirmou Danielli. A decisão foi unânime. Há possibilidade de recurso aos tribunais superiores. (Ap. Cív. n. 2010.061817-6)
Fonte: TJSC - Tribunal de Justiça de Santa Catarina - 26/04/2012

Construtora deverá indenizar quase 70% do valor de casa malfeita

A 4ª Câmara de Direito Civil do TJ confirmou a decisão da comarca de Blumenau que condenou uma construtora da região do Vale do Itajaí ao pagamento de indenização no valor de R$ 40 mil, em benefício de um cliente que firmou contrato para a edificação de uma residência, a qual posteriormente apresentou sérios problemas estruturais e inúmeros defeitos.

A empresa, em apelação, alegou ser muito alto o valor fixado, uma vez que a casa teve custo total de R$ 58 mil. Disse, ainda, que os problemas havidos surgiram da umidade da região onde o imóvel foi construído, e que o proprietário também se descuidou na manutenção do imóvel – principalmente em relação a pinturas. A decisão da comarca, mantida pelo TJ, utilizou como prova fundamental o laudo técnico do perito.

Apesar do valor da indenização corresponder a quase 70% do valor da obra, o perito estimou que tal valor seria o necessário para recuperar toda a casa, que tem área de 196 m². O desembargador Eládio Torret Rocha, relator da decisão, lembrou que os questionamentos à perícia técnica deveriam ter sido formulados na origem, já que não compete ao Tribunal contestar as conclusões do perito.

“Conquanto alegue que os danos descritos na perícia não condizem com a sua responsabilidade reparatória, deixou a insurgente de produzir prova capaz de contrapor os dados e valores ali mencionados, procedendo apenas à tentativa frustrada de emendar trechos da perícia a fim de dar outra conclusão ao estudo”. A decisão foi unânime. (Ap. Cív. n. 2011.006023-7)
Fonte: TJSC - Tribunal de Justiça de Santa Catarina - 26/04/2012

Chamadas de longa distância nos orelhões da Embratel serão gratuitas


SÃO PAULO – A Embratel não poderá cobrar, até o final deste ano, pelas chamadas de longa distância originadas dos orelhões de responsabilidade da empresa. A gratuidade vai do próximo dia 30 de abril até o dia 31 de dezembro deste ano.

A medida será tomada porque a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) constatou que a empresa teve um desempenho insatisfatório na execução do plano de revitalização da telefonia de uso público, iniciado em dezembro de 2011.

Suspensão das cobranças
“Foi contatado que parte significativa da planta de pouco mais de 1.500 orelhões da empresa continua fora de condições regulamentares de uso”, explica a Anatel por meio de nota.

Por conta disso, a Superintendência de Serviços Públicos e de Universalização da Anatel emitiram despacho cautelar, no dia 20 de abril deste ano, determinando a suspensão das cobranças nas ligações de longa distância.

No dia 30 de abril, estima-se que 70% dos orelhões da empresa já não estejam mais cobrando por tais chamadas. A gratuidade deve alcançar todos os orelhões até o dia 30 de junho deste ano. Vale destacar que, durante o período, a Embratel ainda terá de divulgar a gratuidade em jornais de grande circulação.

Para que a ligação seja gratuita, é preciso que o usuário utilize o código 21. A Embratel, por sua vez, afirmou que a gratuidade é de iniciativa própria, tendo como objetivo atender à medida da Anatel sobre o plano pró-melhoria de telefonia de uso público.

Revitalização da telefonia pública
O Plano de Revitalização apresentado pelas concessionárias alcançou todo o território nacional, com prazos previstos para conclusão diferenciados por prestadora: 31 de dezembro de 2011, para Telefônica, Sercomtel e CTBC; 31 de março de 2012, para Embratel; 30 de junho de 2012 para a Oi.
Fonte: MSN Notícias - 26/04/2012.

sexta-feira, 20 de abril de 2012


Peluso manipulou resultados de julgamentos, diz Joaquim Barbosa 
Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR 
20/04/2012 | 08h49 | STF

Joaquim Barbosa acusou Peluso de manipular resultados de julgamentos de acordo com seus interesses.. Imagem: Gil Barbosa/SCO/STF
Imagem: Gil Barbosa/SCO/STF
Dois dias depois de ser chamado de inseguro e dono de "temperamento difícil" pelo ministro Cezar Peluso, o ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa respondeu em tom duro. Em entrevista ao GLOBO, Barbosa chamou o agora ex-presidente do STF de "ridículo", "brega", "caipira", "corporativo", "desleal", "tirano" e "pequeno".
Acusou Peluso de manipular resultados de julgamentos de acordo com seus interesses, e de praticar "supreme bullying" contra ele por conta dos problemas de saúde que o levaram a se afastar para tratamento. Barbosa é relator do mensalão e assumirá em sete meses a presidência do STF, sucedendo a Ayres Britto, empossado nesta quinta-feira. Para Barbosa, Peluso não deixa legado ao STF: "As pessoas guardarão a imagem de um presidente conservador e tirânico, que não hesitava em violar as normas quando se tratava de impor à força a sua vontade."

O GLOBO: Ao deixar o cargo, o ex-presidente do STF, ministro Cezar Peluso, deu entrevista na qual citou o senhor. Em um dos momentos, diz que o senhor não recusará a presidência do tribunal em circunstância alguma. É verdade?
JOAQUIM BARBOSA: Para mim, assumir a presidência do STF é uma obrigação. Tenho feito o possível e o impossível para me recuperar consistentemente e chegar bem em dezembro para assumir a presidência da Corte. Mas, para ser sincero, devo dizer que os obstáculos que tive até agora na busca desse objetivo, lamentavelmente, foram quase todos criados pelo senhor... Cezar Peluso. Foi ele quem, em 2010, quando me afastei por dois meses para tratamento intensivo em São Paulo, questionou a minha licença médica e, veja que ridículo, aventou a possibilidade de eu ser aposentado compulsoriamente. Foi ele quem, no segundo semestre do ano passado, após eu me submeter a uma cirurgia dificílima (de quadril), que me deixou vários meses sem poder andar, ignorava o fato e insistia em colocar processos meus na pauta de julgamento para forçar a minha ida ao plenário, pouco importando se a minha condição o permitia ou não.
O senhor tomou alguma providência?
BARBOSA: Um dia eu peguei os laudos descritivos dos meus problemas de saúde, assinados pelos médicos que então me assistiam, Dr. Lin Tse e Dr. Roberto Dantas, ambos de São Paulo, e os entreguei ao Peluso, abrindo mão assim do direito que tenho à confidencialidade no que diz respeito à questão de saúde. Desde então, aquilo que eu qualifiquei jocosamente com os meus assessores como “supreme bullying” vinha cessando. As fofocas sobre a minha condição de saúde desapareceram dos jornais.
Qual a opinião do senhor sobre a entrevista dada por Cezar Peluso?
BARBOSA: Eis que no penúltimo dia da sua desastrosa presidência, o senhor Peluso, numa demonstração de “désinvolture” brega, caipira, volta a expor a jornalistas detalhes constrangedores do meu problema de saúde, ainda por cima envolvendo o nome de médico de largo reconhecimento no campo da neurocirurgia que, infelizmente, não faz parte da equipe de médicos que me assistem. Meu Deus! Isto lá é postura de um presidente do Supremo Tribunal Federal?
O ministro Peluso disse na entrevista que o tribunal se apaziguou na gestão dele. O senhor concorda com essa avaliação?
BARBOSA: Peluso está equivocado. Ele não apaziguou o tribunal. Ao contrário, ele incendiou o Judiciário inteiro com a sua obsessão corporativista.
Na visão do senhor, qual o legado que o ministro Peluso deixa para o STF?
BARBOSA: Nenhum legado positivo. As pessoas guardarão na lembrança a imagem de um presidente do STF conservador, imperial, tirânico, que não hesitava em violar as normas quando se tratava de impor à força a sua vontade. Dou exemplos: Peluso inúmeras vezes manipulou ou tentou manipular resultados de julgamentos, criando falsas questões processuais simplesmente para tumultuar e não proclamar o resultado que era contrário ao seu pensamento. Lembre-se do impasse nos primeiros julgamentos da Ficha Limpa, que levou o tribunal a horas de discussões inúteis; não hesitou em votar duas vezes num mesmo caso, o que é absolutamente inconstitucional, ilegal, inaceitável (o ministro se refere ao julgamento que livrou Jader Barbalho da Lei da Ficha Limpa e garantiu a volta dele ao Senado, no qual o duplo voto de Peluso, garantido no Regimento Interno do STF, foi decisivo. Joaquim discorda desse instrumento); cometeu a barbaridade e a deslealdade de, numa curta viagem que fiz aos Estados Unidos para consulta médica, “invadir” a minha seara (eu era relator do caso), surrupiar-me o processo para poder ceder facilmente a pressões...
Quando o senhor assumir a presidência, pretende conduzir o tribunal de que forma? O senhor acha que terá problemas para lidar com a magistratura e com advogados?
BARBOSA: Nenhum problema. Tratarei todos com urbanidade, com equidade, sem preferências para A, B ou C.
O ministro Peluso também chamou o senhor de inseguro, e disse que, por conta disso, se ofenderia com qualquer coisa. Afirmou, inclusive, que o senhor tem reações violentas. O senhor concorda com essa avaliação?
BARBOSA: Ao dizer que sou inseguro, o ministro Peluso se esqueceu de notar algo muito importante. Pertencemos a mundos diferentes. O que às vezes ele pensa ser insegurança minha, na verdade é simplesmente ausência ou inapetência para conversar, por falta de assunto. Basta comparar nossos currículos, percursos de vida pessoal e profissional. Eu aposto o seguinte: Peluso nunca curtiu nem ouviu falar de The Ink Spots (grupo norte-americano de rock e blues da década de 1930/40)! Isso aí já diz tudo do mundo que existe a nos separar...
O senhor já protagonizou algumas discussões mais acaloradas em plenário, inclusive com o ministro Gilmar Mendes. Acha que isso ocorreu devido ao seu temperamento ou a outro fator?
BARBOSA: Alguns brasileiros não negros se acham no direito de tomar certas liberdades com negros. Você já percebeu que eu não permito isso, né? Foi o que aconteceu naquela ocasião.
O senhor tem medo de ser qualificado como arrogante, como o ministro Peluso disse? Tem receio de ser qualificado como alguém que foi para o STF não por méritos, mas pela cor, também conforme a declaração do ministro?
BARBOSA: Ao chegar ao STF, eu tinha uma escolaridade jurídica que pouquíssimos na história do tribunal tiveram o privilégio de ter. As pessoas racistas, em geral, fazem questão de esquecer esse detalhezinho do meu currículo. Insistem a todo momento na cor da minha pele. Peluso não seria uma exceção, não é mesmo? Aliás, permita-me relatar um episódio recente, que é bem ilustrativo da pequenez do Peluso: uma universidade francesa me convidou a participar de uma banca de doutorado em que se defenderia uma excelente tese sobre o Supremo Tribunal Federal e o seu papel na democracia brasileira. Peluso vetou que me fossem pagas diárias durante os três dias de afastamento, ao passo que me parecia evidente o interesse da Corte em se projetar internacionalmente, pois, afinal, era a sua obra que estava em discussão. Inseguro, eu?
O senhor considera que Peluso tratou seu problema de saúde de forma desrespeitosa?
BARBOSA: Sim.
O senhor sofre preconceito de cor por parte de seus colegas do STF? E por parte de outras pessoas?
BARBOSA: Tire as suas próprias conclusões. Tenho quase 40 anos de vida pública. Em todos os lugares em que trabalhei sempre houve um ou outro engraçadinho a tomar certas liberdades comigo, achando que a cor da minha pele o autorizava a tanto. Sempre a minha resposta veio na hora, dura. Mas isso não me impediu de ter centenas de amigos nos quatro cantos do mundo.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Confira dicas importantes na hora de fazer a portabilidade de crédito

Mesmo operação sendo gratuita, bancos podem incluir serviços ou tarifas para levar vantagem


A portabilidade de crédito é uma operação que dá oportunidade ao cliente que fez uma dívida com determinada taxa de juros em um banco transfira, gratuitamente, seu crédito para outra instituição que apresente uma oferta mais interessante. Infelizmente, nem todos os brasileiros já ouviram falar sobre essa operação e há um motivo para isso. Apesar de existir desde setembro de 2006, a portabilidade  nunca foi efetivamente estimulada, nem pelo Banco Central, tampouco pelas instituições financeiras.

Nos últimos anos, a receita obtida com operações de crédito têm sido a principal fonte de lucro dos bancos brasileiros. A rentabilidade chega a ser o dobro da dos bancos norte-americanos. Esses motivos, mais que quaisquer outros, podem explicar a fraca disposição dos bancos a estimular e divulgar esse tipo de operação.

De qualquer modo, o consumidor que quiser portar seu crédito para bancos com taxas mais baixas deve ficar atento, pois a instituição pode incluir algum serviço ou tarifa para levar vantagem na portabilidade. Pensando nisso, o Idec destaca algumas dicas para ajudá-lo na hora da transferência.

  • - Primeiramente, negocie e exija todas as informações como o CET (Custo Efetivo Total) detalhado e o contrato do banco para onde vai migrar seu crédito;

  • - Se o número de parcelas aumentar no financiamento com o novo banco credor (alongamento do perfil da dívida), fique atento: pode ser que a portabilidade não seja vantajosa;

  • - A quitação de sua dívida com o banco do qual pretende transferir sua dívida deve ser feita pelo banco para onde você a está levando, e não por você;

  • - Não aceite arcar com qualquer custo relacionado à transferência dos valores para a quitação da dívida com o banco do qual está retirando seu crédito, pois isso é ilegal;

  • - Na operação de transferência da dívida, não é permitida cobrança de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), a não ser que você solicite mais dinheiro (amplie seu financiamento) do novo banco credor e, mesmo assim, o imposto deve ser apenas proporcional ao valor adicional solicitado;

  • - Exija do banco de onde vai migrar sua dívida todas as informações sobre ela e suas informações cadastrais em, no máximo, 15 dias;

  • - Conforme o tipo de crédito a ser transferido a outra instituição (financiamento de bens, como veículos, por exemplo), não aceite a imposição de ter de abrir conta corrente no novo banco credor. No entanto, isso pode ser necessário para créditos em que há depósito direto em conta corrente;

  • - A imposição de contratação de qualquer outro produto ou serviço pelo novo banco credor é ilegal. Essa prática abusiva é chamada de “venda casada” (http://www.idec.org.br/consultas/dicas-e-direitos/saiba-o-que-e-a-venda-casada)

  • - Se o banco do qual pretende sair lhe impuser sanções, como a retirada de benefícios ou produtos como cheque especial e cartão de crédito, denuncie e não aceite a prática, que é abusiva, pois equivale à uma venda casada “às avessas”, pois condicionam um produto ou serviço em função de outro;

  • - Se o banco para onde vai portar seu crédito exigir de você o ingresso em um cadastro positivo qualquer, recuse-se, pois tal cadastro ainda não foi regulamentado;

  • - Na portabilidade de crédito imobiliário, fique atento aos custos com a documentação no cartório e a vistoria do imóvel: isso pode tornar a operação desvantajosa.

O consumidor tem o direito de escolher livremente para qual instituição realizará a portabilidade. Se encontrar qualquer dificuldade para portar seu crédito, o cliente deve buscar o auxílio do Banco Central pelo telefone 0800 979-2345, carta ou fax. Veja os endereços e telefones de atendimento em sua cidade aqui.

Banco Real é condenado a pagar R$ 50 mil para cliente por bloqueio indevido de contas bancárias

O juiz Benedito Helder Afonso Ibiapina, titular da 16ª Vara Cível da Comarca de Fortaleza, condenou o Banco ABN AMRO Real a pagar indenização de R$ 50 mil para D.C.L.P.M., a título de reparação moral. O cliente teve conta corrente e de poupança bloqueadas sem prévia notificação.

Consta nos autos (nº 2281-35.2010.8.06.0001) que o requerente é cliente do Banco Real desde o ano de 2004. Ele afirmou que sempre manteve relação cordial com a instituição financeira. Em 2008, passou por dificuldades financeiras e, em vista disso, contraiu dívida com o cartão de crédito do banco.

No dia 15 de setembro de 2009, precisou fazer um saque e uma transferência para custear tratamento médico da mãe dele, no Rio de Janeiro. Porém, não obteve êxito, pois o banco bloqueou a conta, sem nenhuma notificação prévia. Em razão disso, a mãe do cliente não foi submetida à cirurgia e teve estado de saúde agravado.

Por não conseguir a transferência do dinheiro, D.C.L.P.M. teve que parcelar a dívida com as taxas de juros abusivas que ultrapassavam os 700%, muito além do permitido. Alegando ter ficado abalado psicologicamente, o consumidor ajuizou ação requerendo indenização por danos morais.

O banco não apresentou contestação e foi julgado à revelia. O magistrado, ao apreciar o caso, entendeu que as provas apresentadas nos autos e nos dispositivos de ordem pública demonstram a veracidade dos fatos afirmados pelo requerente.

O juiz observou que “não se sustenta a tese pela qual o débito do cartão de crédito está intimamente ligado às contas vinculadas do requerente com a instituição financeira. Por esse motivo, tomando como base o Código de Defesa do Consumidor, possíveis cláusulas que limitem os direitos do consumidor, por ser de norma pública, devem ser afastadas.”
Fonte: TJCE - Tribunal de Justiça do Ceará - 17/04/2012

Trabalhador terá de fazer curso para ganhar seguro-desemprego

por MAELI PRADO

O governo publicou hoje um decreto no "Diário Oficial da União" condicionando o recebimento do seguro-desemprego à matrícula em um curso de qualificação profissional nos casos em que o benefício é solicitado pela terceira vez em um prazo de 10 anos.

O decreto ainda precisa ser regulamentado. O texto publicado hoje diz que o curso de qualificação precisa ser regulamentado pelo Ministério da Educação, terá carga horária mínima de 160 horas e será concedido através da Bolsa-Formação Trabalhador, no âmbito do Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Tecnológico e Emprego).

Se não houver um curso de formação profissional compatível com o perfil do trabalhador no município ou região metropolitana onde vive, o seguro-desemprego não será suspenso.

QUEM TEM DIREITO

Têm direito ao seguro os trabalhadores desempregados que tiverem sido demitidos sem justa causa.

Aqueles que trabalharam com carteira assinada entre 6 e 11 meses nos últimos três anos têm direito de receber até três parcelas do seguro.

Quem trabalhou de 12 a 23 meses no período pode receber até quatro parcelas.

Já quem esteve empregado com registro por mais de 24 meses nos últimos três anos pode receber até cinco parcelas do seguro-desemprego.

O valor do benefício varia de R$ 622 (o salário mínimo atual) a R$ 1.163,76, de acordo com a média salarial dos últimos salários anteriores à demissão.
Fonte: Folha Online - 17/04/2012

Turismo de consumo: veja destinos interessantes para quem quer ir às compras

por Viviam Klanfer Nunes

Especialistas indicam regiões que vale a pena serem consideradas por quem quer comprar roupas, eletrônico, artigos de luxo e moda

Fazer compras está entre os grandes divertimentos dos brasileiros. Atualmente, contando com uma moeda relativamente forte e tendo de encarar uma oferta de produtos muito caros no País, a solução é arrumar as malas rumo ao exterior, para praticar o turismo de consumo.

Pensando nisso, a equipe InfoMoney contou com a ajuda da diretora da Braztoa (Associação Brasileira das Operadoras de Turismo), Magda Nassar, e do vice-presidente do Fohb (Fórum dos Operadores Hoteleiros do Brasil), Julio Serson, para listar os destinos mais interessantes para ir às compras.

Estados Unidos - o destino mais tradicional ainda é o mais interessante. De acordo com Magda, os brasileiros são os que mais gastam nos EUA, além de ser a terceira nacionalidade do mundo em número de visitantes. Por lá, os preços são mais competitivos, e a variedade e número de shoppings são imensos.

Embora o país todo seja interessante, quando o assunto são as compras, já que por lá é tudo muito padronizado, os brasileiros parecem gostar mais de Miami, Orlando, Nova York e Las Vegas. Esta última, apesar de ser uma cidade compacta e pequena, tem uma grande concentração de shoppings e outlets, paraíso de todo bom consumista.

Para Serson, a vantagem de Nova York é o fato de ser possível fazer tudo a pé. Em Miami, por exemplo, o turista precisará de um carro. Magda ainda cita a Califórnia como um interessante destino para quem quer comprar. Em relação aos produtos, é possível encontrar de tudo nos EUA, de eletrônicos a roupas. Os brinquedos também são ótimas opções de compras por lá.

Os Estados Unidos são um país que chama a atenção o ano inteiro para quem quer se dedicar às compras. Mas, para quem tiver a oportunidade, vale a pena considerar viajar na época em que as grandes lojas de departamentos fazem suas promoções. “Se você vai na época de liquidação, que geralmente acontece depois de importantes feriados, e na virada da estação, os descontos superam os 40%”, diz Serson.

Panamá - apesar de os Estados Unidos comercializarem eletrônicos a preços muito mais interessantes do que no Brasil, no Panamá é ainda mais interessante, tanto para eletrônicos quanto para eletrodomésticos. “Por ser uma região livre de impostos, os preços são super competitivos”, diz Magda. E não pense que os produtos perdem em termos de qualidade. “São produtos similares aos dos EUA e de primeira linha”, afirma a diretora.

Por lá, inclusive, fazem muitas promoções no sentido de atrair mais turistas. “Têm promoções em que, se você comprar uma viagem com destino ao Panamá, você ganha um eletrônico”, explica Magna.

Oriente médio - em Dubai, por exemplo, o turista encontra uma grande variedade de artigos de luxo e joias. No caso das joias, Magda destaca aquelas confeccionadas com ouro e não as que contêm pedrarias. Os preços dos artigos de luxo se destacam sobretudo por conta da situação que encontramos no Brasil, onde esses itens são muitos caros.

“Você até encontra no Brasil artigos de luxo, mas não com os preços de Dubai”, avalia Magda. Mas não é só Dubai que se destaca; vários países do Oriente Médio, como Líbano e Jordânia, têm preços mais interessantes, quando se trata de joias.`

Por lá, inclusive, há uma maciça importação de joias italianas, que, como são livres de impostos, têm preços altamente competitivos.

Europa - para quem tem interesse nas últimas novidades da moda e acessórios, a melhor opções é Paris, na França, e Madri, na Espanha. Os preços, claro, não são tão baratos de uma forma geral. Mas, quando comparados aos do Brasil, sem dúvida, são competitivos.

“Uma bolsa Louis Vuitton será mais barata na França do que no Brasil", afirma Magda. A especialista ainda recomenda uma boa época do ano para quem quer aproveitar promoções: janeiro. “Em Paris e Madri, as promoções do começo do ano são sensacionais”, diz.

Para quem quer comprar eletrônicos na Europa, o melhor local é a Alemanha. “É um local barato na Europa para esse tipo de compra, mas perde muito para os Estados Unidos”, avalia. 
Fonte: Infomoney - 17/04/2012